O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) realizou, em Belo Horizonte, o VIII Fórum Mineiro de Cidades Inteligentes e Sustentáveis, nesta segunda-feira (11). O evento faz parte de uma série de encontros realizados no estado para promover o conhecimento sobre o tema, a divulgação de boas práticas, além de possibilitar o diálogo entre especialistas do setor e gestores públicos.

O Fórum, que é organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Smart Cities”, tem como objetivo estimular o crescimento de ambientes urbanos mais inteligentes e sustentáveis, unindo instituições públicas e privadas para fomentar soluções inovadoras, além de apresentar alternativas para redução de custos administrativos e operacionais dos municípios utilizando inovação tecnológica.

A coordenadora do Grupo de Trabalho, engenheira civil Maria das Graças Lage, reforçou que o GT tem o papel de implementar debates e com os gestores construírem municípios baseados nos quatro pilares das cidades inteligentes: Humano, Eficiente, Sustentável e Inteligente. “O nosso intuito é conscientizar gestores públicos a implementar as políticas de cidades inteligentes trazendo melhoria de qualidade na vida das pessoas”, pontua.

Um dos painelistas do Fórum, o vice-prefeito de Montes Claros e prefeito eleito para a próxima gestão, engenheiro civil Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, destacou o papel da transformação digital na construção de cidades mais resilientes. 

“Quando a gente pensa nos aspectos digitais, nós estamos querendo simplificar processos e, na verdade, criar modelos digitais é criar simplificação de processo, repetição de processo. Então, tudo, na prefeitura principalmente, a gente tem que garantir que essa modelagem funcione e, para isso, tem que ser prático”, afirmou.

O deputado federal Pedro Aihara, que participou da mesa de abertura, destacou que para as cidades serem de fato inteligentes é preciso reverter o dinheiro público em favor do que o cidadão realmente precisa. “Hoje a gente percebe que se perde muito tempo, muito dinheiro e muito capital humano em processos que eles poderiam e deveriam ser facilitados. Então, trazer essa discussão aqui, uma discussão que passa necessariamente pela engenharia, é trazer mais assertividade para a prestação de serviço e, principalmente, fazer um melhor uso do dinheiro público”, enfatizou.

Já o deputado estadual Antônio Carlos Arantes, que também participou das discussões, destacou a atuação do Crea-MG para fomentar o debate. 

“A tecnologia está sempre à disposição, mas é importante ter uma entidade que provoca, que movimenta, que organiza. Nesse caso, o Crea-MG está fazendo esse trabalho por estar muito ligado à área da engenharia, a área da promoção de tecnologia”, pontuou

Publicado em 12 de novembro de 2014