1971 - Tragédia da Gameleira

Em 4 de fevereiro de 1971, ocorre uma das maiores tragédias da construção civil nacional: o desabamento do Palácio das Exposições, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte. A obra ruiu quando começaram a ser retiradas as escoras que sustentavam as lajes. O empreendimento, que começou em 15 de junho de 1969, não tinha engenheiro responsável pela execução. A tragédia motiva a engenharia nacional a rever conceitos, estruturando uma normalização mais rigorosa. Também repercute em modificações no Código Penal nos artigos que tratam das responsabilidades sobre desabamento e desmoronamento.

1972 - Registro provisório de profissionais estrangeiros

O Crea-MG se preocupava com a presença de engenheiros estrangeiros atuando no país não só porque ameaçavam o emprego dos profissionais nacionais como também pelo fato de que os estrangeiros exerciam suas atividades de forma ilegal. Essa situação motiva a proposta de uma resolução sobre contratação e registro provisório de profissionais estrangeiros. Em maio do ano seguinte, o Confea publica a Resolução 215/1973, sobre esse tema.

1973 - Crea, aliado do profissional

A euforia do início da década se esvai com a crise do petróleo, em 1973, e a política de endividamento externo. Intimamente vinculadas ao desenvolvimento, a engenharia, a agronomia e as geociências sentem o impacto da elevação do preço do petróleo e a retração econômica. Nesse momento, o Crea age para se colocar como aliado do profissional, além de mostrar o seu trabalho para a sociedade por meio de canais de comunicação abertos ao público.

1973 - Revolução Verde

A modernização da agricultura, por meio de inovações tecnológicas na produção, tem como propósito inicial o aumento da produção como forma de garantir a segurança alimentar. No Brasil, essa revolução verde é impulsionada, na década de 1970, por meio de incentivos governamentais concomitantemente à expansão das fronteiras agrícolas para as regiões de Cerrado. No setor de pesquisa atrelada às culturas, à produção e ao desenvolvimento agrícola, merece destaque a criação das Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1973, e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em 1974.

1974 - Ponte Rio-Niterói

A Ponte Rio-Niterói, inaugurada em março de 1974, é um ícone da engenharia nacional e permitiu o uso de inovações construtivas, algumas delas testadas pela primeira vez em todo o mundo. É o caso do uso em larga escala de estruturas de concreto protendido. A construção, inicialmente, ficou a cargo de um consórcio de empresas inglesas, mas a parceria não deu certo e, em 1971, o contrato foi rescindido. Empresas brasileiras compõem o Consórcio Construtor Guanabara, que assume a execução do projeto e, nos dois últimos anos antes da inauguração, constroi 80% da obra.

1975 - Poluição e medidas preventivas

- O Crea-MG promove, em 1975, curso sobre Poluição e Meio Ambiente com o objetivo de criar uma consciência em relação às possibilidades e condições de utilização, preservação e proteção do meio ambiente. A oferta de qualificação sobre o tema é um desdobramento das discussões realizadas pelo plenário do Conselho em 7 de março de 1974, quando os conselheiros mostraram preocupação com o futuro e apresentaram medidas preventivas para que se evitassem consequências desastrosas do desequilíbrio ambiental.

1975 - Geada Negra

No dia 18 de julho de 1975, o Paraná foi assolado por uma forte geada negra que congela a seiva dos pés de café, deixando-os escuros e “queimados”. Toda safra é perdida. No mesmo período, a cultura cafeeira de Minas é impulsionada por investimentos em tecnologias e isso muda o eixo da produção de café no país nos anos seguintes. Minas Gerais ganha destaque como região produtora e, ao longo dos anos, consolida sua posição como maior produtor brasileiro e contribui para que o Brasil se mantenha no primeiro lugar mundial.

1977 - Anotação de Responsabilidade Técnica e Mútua

- A Lei 6.496/1977 institui a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que define, para efeitos legais, quem é o responsável técnico por uma atividade no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema e deve ser registrada antes do início da atividade técnica. A Lei também autoriza a criação da Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais, que tem como receita um quinto da taxa de ART arrecadada pelos Creas.

1977 - Criada Fosfértil

Criada em 1977 pelo governo federal, a Fosfértil tem o objetivo de promover a pesquisa, lavra, concentração e comercialização da rocha fosfática em Patos de Minas e dar continuidade ao Projeto Fosfato, iniciado em 1974, pela CPRM, hoje, Serviço Geológico do Brasil. Em decorrência do Plano Nacional de Desestatização, de 1992, a empresa transfere o controle acionário para a iniciativa privada e, posteriormente, abre seu capital e passa a negociar ações na bolsa de valores. Em 2010, é adquirida pela Vale Fertilizantes que, em 2018, é comprada pela Mosaic.

1978 - Segurança e saúde do trabalhador

Considerada um marco histórico na segurança e saúde do trabalhador, a Portaria 3.214/1978 aprova as Normas Regulamentadoras do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, referentes à Segurança e Medicina do Trabalho. A portaria é uma resposta aos altos índices de acidentes de trabalho verificados nas décadas de 1960 e 1970, período marcado por grande expansão industrial.

1978 - Rumo à Nova Sede

O ano de 1978 é marcado pelo encaminhamento do projeto da sede do Crea-MG à Prefeitura de Belo Horizonte. Em setembro, a aprovação do projeto é anunciada, consolidando um passo crucial para o futuro do Conselho. As obras de terraplanagem começam em 21 de fevereiro de 1979, dando forma ao sonho de uma sede própria.

1979 - Geógrafos integram o Sistema Confea/Crea

A Lei 6.664, de 27 de junho de 1979, regulamenta o exercício da profissão de Geógrafo. Além de diploma de instituição de ensino oficial brasileira ou diploma estrangeiro revalidado, o profissional deve realizar o registro no Crea de sua jurisdição.

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