1941 - Anuidades e independência financeira dos Creas

Em 31 de dezembro de 1941, o Decreto-Lei 3.995 estabelece o pagamento de uma anuidade para os profissionais e empresas registrados no Sistema Confea/Crea. O valor, à época, é estipulado em 20$0 (vinte mil réis) para os profissionais e 100$0 (cem mil réis) para firmas, empresas ou quaisquer organizações que atuassem nos ramos das atividades abrangidas pelos conselhos. Com essa norma, é dado o primeiro passo em relação à independência financeira dos Creas.

1941 - Cidade Industrial de Contagem

A criação da Cidade de Contagem, em 1941, compõe a estratégia do governo mineiro para atrair indústrias para a área central de Minas Gerais. A questão da falta de energia e de uma rede de transporte adequada, entretanto, são obstáculos para a instalação das indústrias. Esses gargalos vão orientar os investimentos da década seguinte e, ao final dos anos 1950, a cidade industrial se transforma no maior núcleo industrial de Minas Gerais.

1942 - Crea inscreve profissionais para servir à pátria

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Praça da Liberdade se torna palco de grandes manifestações contra os países do Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão. O posicionamento do Brasil contra esses países ocorre quando mais de 50 navios brasileiros, em águas nacionais, são bombardeados por submarinos alemães, em agosto de 1942. Em setembro do mesmo ano, o Crea 4ª Região participa de manifestações que repudiam os ataques nazistas e abre inscrições para profissionais interessados em servir à pátria durante o conflito.

1942 - A Vale e os Acordos de Washington

O cenário da Segunda Guerra Mundial trouxe mudanças significativas e, em 1942, com a entrada dos Estados Unidos na guerra, aliados da Inglaterra buscam acesso ao minério de ferro brasileiro. Aproveitando-se dessa necessidade global e dos empréstimos previstos pelos Acordos de Washington, é criada a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em junho de 1942, em Itabira, para explorar intensivamente a riqueza mineral do Quadrilátero Ferrífero. Anos mais tarde, em 1997, a Vale é privatizada, em meio a inúmeros protestos.

1943 - Fabricação de trilhos e avanço tecnológico

Em 1943, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira começa a fabricar trilhos para ferrovias, representando um grande passo para o desenvolvimento nacional. Em 7 de outubro, o Crea 4ª Região comemora o avanço tecnológico, registrando-o em ata.

1944 - Fundação da Acesita

Fundada em 31 de outubro de 1944, com financiamento do Banco do Brasil, a Acesita se torna peça fundamental na história da indústria siderúrgica brasileira, desencadeando mudanças significativas na economia e na paisagem de Minas Gerais.

1944 - Defesa da mulher brasileira com diploma de engenharia

Em 1944, o Crea 5ª Região, composto por Rio de Janeiro e São Paulo, solicita manifestação junto ao presidente da República para que sejam “plenamente respeitados os direitos ao exercício da profissão à mulher brasileira que possua o diploma de engenheiro, fornecido por escola superior de engenharia ou arquitetura do país”. O Crea 4ª Região não hesita em manifestar-se favorável à garantia dos direitos profissionais das mulheres.

1946 - Contratação de profissionais estrangeiros é flexibilizada

Para dar mais agilidade aos Conselhos Federal e Regionais é editado o Decreto-Lei 8.620/1946 que altera o Decreto 23.569/1933 completando disposições e preenchendo omissões reveladas pela prática. Dentre as alterações, destaca-se a flexibilização da contratação de profissionais estrangeiros, em consonância com a abertura ao capital estrangeiro e à atuação de profissionais vindos de outros países observadas no período de redemocratização que se segue ao fim do Estado Novo.

1946 - Criado o DER-MG

Em 1946, nasce o DER-MG, que recebe uma rede rodoviária de estradas "carroçáveis" e de "estiagem", assim chamadas por somente poderem ser utilizadas durante o período seco. Essa situação é modificada a partir da década seguinte. O orçamento do DER-MG, entre 1951 e 1952, aumenta 282% a fim de viabilizar obras e aquisição dos equipamentos necessários, assim como as pesquisas e ensaios técnicos de tipos de pavimentos econômicos, duráveis e resistentes adequados às rodovias do estado.

1947 - O Senge-MG é reconhecido pelo Ministério do Trabalho

Em 25 de agosto de 1947, o Ministério do Trabalho aprova e reconhece o estatuto do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais (Senge-MG), resultante da fusão de vários sindicatos existentes à época. O sindicato inicia sua trajetória em meio ao movimento de modernização que Belo Horizonte experimenta na década de 1940. Em 1964, a entidade de classe tem papel importante na luta pela regulamentação da lei que estabelece o salário mínimo profissional para a categoria.

1948 - Criação da Emater-MG

A Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar-MG) é criada, em 1948, para prestar assistência técnica e extensão rural. É a primeira instituição desse tipo no Brasil. Em 1975, é substituída pela Emater-MG. A assistência técnica, realizada por profissional legalmente habilitado, é fundamental para dar suporte às atividades que exijam conhecimentos técnicos e, assim, dar os melhores retornos econômicos e sociais. No caso do campo, aumentando a produção e produtividade agrícolas e promovendo a melhoria das condições de vida no meio rural.

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