Crea na mídia: Produzir para se desenvolver

Alterado
Seg, 12/12/2022 - 14:20
Crea na mídia: Produzir para se desenvolver

O presidente do Crea-MG, engenheiro civil Lucio Fernando Borges, destacou a importância do setor produtivo para o desenvolvimento do país em um artigo de opinião publicado pelo jornal O Tempo, na edição de 10 de dezembro de 2022. No texto, ele marcou ainda o Dia dos Engenheiros, comemorado no dia 11 de dezembro, e como a atuação do Conselho dá provas de que uma gestão alinhada com os interesses públicos gera resultados positivos. 


Confira abaixo a íntegra do artigo.

 

Produzir para se desenvolver
 
Lucio Fernando Borges
Engenheiro civil e presidente do Crea-MG
         
       
O ano de 2022 é emblemático. Foi o primeiro depois de atravessarmos dois anos críticos de uma das piores crises sanitárias já vividas pela humanidade. Além da euforia já esperada da retomada da dita normalidade, com reflexos ainda tímidos na economia, tivemos eleições no Brasil e também a realização da Copa do Mundo, no Catar. Ao contrário da disputa eleitoral, ainda não temos o resultado no futebol, mas é inegável que o olhar já é de esperança para 2023.

O Brasil precisa retomar o caminho do crescimento consistente, com investimentos diretos na ampliação da infraestrutura, nas indústrias e nas empresas em geral.  O setor produtivo é a base do desenvolvimento de uma nação. É a partir dele que se geram riquezas, avanços sociais, qualidade de vida para a população. O poder público é, historicamente, o indutor principal do desenvolvimento do país, mas o setor privado, particularmente o da engenharia, o da agronomia e o das geociências, com seu gigantesco acervo técnico e tecnológico, precisa ser valorizado e respeitado. A iniciativa privada tem uma importante e necessária atuação na construção do bem comum do Brasil.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira registrou crescimento de 0,4% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o período imediatamente anterior. Em relação ao terceiro trimestre de 2021, a alta foi de 3,6%. Para o próximo ano, conforme aponta o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado no último dia 5 de dezembro, a previsão de crescimento da economia brasileira foi elevada de 0,70% para 0,75%. Mas, para crescer de forma sustentável, o país precisa de ajustes e políticas adequadas que fomentem esse desenvolvimento.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), como instituição que representa mais de 190 mil pessoas físicas e empresas com registros ativos no estado, trabalha para que esse avanço ocorra. Sabemos do nosso poder de contribuição.

A atuação do Conselho, inclusive, dá provas de que uma gestão alinhada com os interesses públicos gera resultados positivos em larga escala. Com o propósito de proteger a vida, a nossa função principal é defender a sociedade da prática ilegal das atividades técnicas, exigindo a atuação de profissionais legalmente habilitados, com conhecimento e atribuições específicas, na condução de serviços técnicos.

Ao exercer seu papel, o Crea-MG realizou, de janeiro a novembro de 2022, 54.380 ações de fiscalização, com a emissão de 26.246 autos de infração. Isso significa combater, em nossas ações, o exercício ilegal das atividades técnicas, que coloca pessoas e patrimônio em risco.

Para além da segurança, a constância do ato de fiscalizar também cria uma cultura da legalidade. Tanto o profissional, quanto a sociedade em geral, passam a entender a necessidade de se manterem regulares e as vantagens que isso gera.

Nos últimos cinco anos, o Crea-MG registrou um aumento de 45,3% das emissões de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o documento que formaliza, para efeitos legais, a responsabilidade do profissional pelo trabalho realizado por ele. Somente até outubro deste ano, foram emitidas mais de 700 mil ARTs. Essa movimentação, aliás, demonstra que o setor está preparado para os tempos virtuosos que, anseio, estão por vir.

Dia 11 de dezembro é a data em que se comemora o Dia dos Engenheiros. Aproveito esse ensejo para reiterar a força que tem a categoria e o quanto estamos dispostos a contribuir para o pleno desenvolvimento do país. Precisamos planejar e trabalhar em conjunto. A força virá da unidade.